4af Quarta semana da Quaresma
“Porque, como o Pai ressuscita aos mortos e lhes dá a vida,
assim também o Filho dá a vida aos que quer”.
Jesus disse aos judeus: “Meu Pai trabalha sempre, e eu também trabalho” (v.17). Assim como Deus trabalha, também Jesus o faz, enquanto Filho de Deus. A obra de Deus não se foi concluída no sexto dia da criação. No sétimo dia Ele segue em ação, sustentando e mantendo a vida de todas as criaturas. Deus não está ligado a nenhum preceito do Sábado, senão de que é o “Senhor do Sábado” e seu trabalhar não conhece limites.
Ao dar a saúde ao homem paralítico, justamente num sábado, Jesus quer mostrar que está trabalhando como Filho de Deus. Ele atua como seu Pai.
Os judeus captam a idéia e sua reação é negativa: a rejeição. Eles não indagam para ver se o que está dizendo é legítimo ou não. Ele simplesmente dão o passo que segue à perseguição, que o levará à fatídica morte: “Então, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque além de violar o sábado, chamava Deus o seu o Pai, fazendo-se, assim, igual a Deus” (v.18).
Desta relação estreita que Jesus sustenta com seu Pai depreende-se o significado de todo o seu trabalhar. A partir dela, realiza “obras maiores que estas” (v.20), das quais a cura do paralítico foi apenas um sinal: “Porque, como o Pai ressuscita aos mortos e lhes dá a vida, assim também o Filho dá a vida aos que ele quer” (v.21).
A ressurreição, a nova criação, Jesus a realiza com cada pessoa ao final de sua história. Assim, definitivamente, uma só coisa permanece entregue ao Filho pelo Pai, de forma exclusiva: o juízo (v.25-27). E para o juízo, o decisivo é ter escutado e aceitado a Palavra de Jesus, já que neste caso se dá o passo da morte para a vida (caminho pascal v.24).
T tudo isto tem uma premissa que deve ser observada atentamente: Deus é vida que não acaba nunca e o Filho tem, em comunhão com o Pai, esta vida. “Porque, assim como o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo concedeu ao Filho possuir a vida em si mesmo” (v.26).
Conseqüentemente, o Filho pode agir como age o Pai. Seu dom mais verdadeiro é a “saúde” que dura para sempre, isto é, a vida eterna.
A cura do paralítico num dia de sábado é um sinal disto e remete-nos à comunhão fundante, que é o espaço espiritual no qual Jesus trabalha junto com seu Pai. Nossa esperança é entrar em comunhão com a Páscoa de Cristo.
Para cultivar a semente da Palavra na vida:
1. Jesus é a inspiração de todo o meu agir, assim como para Ele foi o Pai?
2. Como se conecta a primeira com a nova criação? Em que consiste a nova criação?
3. A que me convida Jesus a viver nesta Páscoa?
[1]Autor P. Fidel Oñoro, cjm, (http://www.iglesia.cl/especiales/cuaresma2013/orar2.html), tradução livre de Frei João Carlos Karling,ofm, para o site da Paróquia Rede de Comunidades São José, Gravataí.
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